Expectativa de corte de juros no ano baixou de quatro cortes de 0,25 ponto percentual para dois cortes no mesmo sistema de preços, levando a um indicador de inflação em alta no mercado de ações, que pode afetar juros e estratégia no mercado.
Em meio a uma economia em recuperação, as expectativas de corte de juros dos principais bancos centrais começaram a diminuir, afetando negativamente os índices de ações das bolsas de Nova York. Eles registraram uma queda de até 2,25% na semana passada após a maior parte dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) reduzirem suas expectativas de corte de juros no ano que vem pela metade.
De quatro cortes de 0,25 ponto percentual, a expectativa passou para apenas dois cortes na mesma medida, o que gerou uma reação negativa nas bolsas. Além disso, as taxas de juros também começaram a subir, o que pode afetar negativamente os emprestadores e os consumidores. Os investidores estão começando a se preocupar com o impacto dessas mudanças nas taxas de juros nas economias globais.
Foi destacado que o aumento das taxas de juros pode levar a uma redução no consumo e nas investimentos, o que pode afetar negativamente o crescimento econômico. Além disso, as empresas que dependem de empréstimos para financiar suas operações podem se ver afetadas negativamente pelo aumento das taxas de juros. O aumento das taxas de juros pode ser um obstáculo para o crescimento econômico, especialmente para as empresas que dependem de empréstimos para operar.
Expectativas de juros: mercado e Fed em cena
A última semana foi marcada por uma postura mais firme do comitê do Fed em relação ao combate à inflação, refletida na coletiva de imprensa e na alta nas projeções do SEP. Embora a decisão de corte nas taxas de juros já tivesse sido antecipada pelo mercado, o tom do comunicado e a alta nas projeções indicaram uma mudança na estratégia do Fed.
O sistema de preços de gastos com consumo (PCE), indicador de inflação preferido do Fed, registrou alta de 0,1% em novembro, abaixo das expectativas dos analistas, que esperavam alta de 0,2%. O indicador desacelerou frente a outubro, quando avançou 0,2%, e ficou abaixo das expectativas.
A incerteza em relação ao orçamento americano de 2025 continua a ser uma fonte de risco fiscal, aponta o time de estratégia global da XP. No acumulado da semana, o índice que concentra ações industriais, o Dow Jones, caiu 2,25%, enquanto o indicador das 500 maiores empresas americanas, o S&P 500, recuou 1,99%. O índice que reúne ações de tecnologia, o da bolsa Nasdaq, desvalorizou 1,78%.
Ainda assim, os índices abriram sem direção única na última sessão da semana, mas posteriormente ampliaram os ganhos. O Dow Jones subiu 1,18%, para 42.840 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 1,09%, para 5.930 pontos. O da bolsa Nasdaq avançou 1,07%, aos 19.579 pontos.
A inflação americana medida pelo PCE ficou ligeiramente abaixo do esperado, enquanto os dados de sentimento do consumidor, medidos pela Universidade de Michigan, vieram dentro das expectativas. O mercado de ações de estratégia global da XP continua a monitorar a situação de perto, considerando o impacto das taxas de juros no mercado de ações.
O mercado de ações continuará a ser afetado pelas taxas de juros, e a decisão do Fed em relação ao combate à inflação será um indicador importante para a estratégia de investimento. Além disso, o mercado de estratégia global da XP considerará a incerteza em relação ao orçamento americano de 2025 como uma fonte de risco fiscal.
A alta nas taxas de juros pode afetar negativamente o mercado de ações, pois pode aumentar os custos de empréstimos e reduzir a demanda por bens e serviços. Por outro lado, a redução nas taxas de juros pode estimular o crescimento econômico e aumentar a demanda por bens e serviços.
O indicador de inflação preferido do Fed, o PCE, regista uma alta de 0,1% em novembro, abaixo do esperado. A desaceleração frente a outubro e o resultado abaixo das expectativas são sinais de que a inflação pode estar começando a desacelerar.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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