Mudanças de comportamento reduzem consumo de bebidas.
Em todo o mundo, nota-se uma tendência de mudança no consumo de bebidas alcoólicas, influenciada tanto pelo comportamento das pessoas quanto pela evolução da indústria. Essa mudança começa a ser refletida nos dados, embora de forma ainda tímida, especialmente nos países desenvolvidos. As alterações nos padrões de consumo são observadas desde os primeiros anos em que as pessoas começam a incorporar as bebidas alcoólicas em seus hábitos de vida, o que pode levar a uma reflexão sobre os efeitos a longo prazo.
Ao considerar as opções de bebidas alcoólicas disponíveis, é comum que as pessoas optem por drinques mais leves, como a cerveja ou o vinho, em vez de bebidas mais fortes. No entanto, é importante lembrar que o consumo excessivo de qualquer tipo de bebida alcoólica pode ter consequências negativas para a saúde. Além disso, a discussão sobre a legalização da maconha e da cannabis para uso recreativo ou medicinal também tem relação com o consumo de bebidas alcoólicas, pois algumas pessoas podem optar por essas substâncias como alternativa. É fundamental ter consciência dos riscos e manter um consumo responsável para evitar problemas de saúde e segurança. A moderação é a chave para um consumo saudável de bebidas alcoólicas.
Consumo de Bebidas Alcoólicas em Declínio
Nos Estados Unidos, por exemplo, o número de pessoas com menos de 35 anos que consumiram ou já consumiram bebidas alcoólicas diminuiu significativamente, passando de 72% no início dos anos 2000 para 62% em 2023. O levantamento da Gallup também revela que os jovens adultos bebem com menos frequência e têm menor chance de beber excessivamente, o que pode estar relacionado a mudanças de comportamento em relação ao consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, em 2022, pela primeira vez na história, o consumo diário de maconha foi maior do que o consumo de bebidas alcoólicas, com 18 milhões de pessoas escolhendo utilizar cannabis todos os dias, enquanto 15 milhões optaram pelo consumo de drinques, como cerveja e vinho.
Em países desenvolvidos, como os países nórdicos, o acesso e a ingestão de bebidas alcoólicas caíram mais de 50% em duas décadas, segundo estudo publicado no European Journal of Public Health. No Brasil, a tendência começa a aparecer entre os jovens, com 55% dos brasileiros da geração Z, nascidos entre 1995 e 2010, não gostando de cerveja, vinho e outros tipos de bebidas alcoólicas. Isso pode estar relacionado a um maior cuidado com a saúde, que tende a preferir os exercícios aos excessos de uma noite de balada, onde o consumo de bebidas alcoólicas é comum.
Adaptação da Indústria de Bebidas Alcoólicas
A indústria de bebidas alcoólicas tem se adaptado a essa tendência, com a categoria de cerveja sem álcool apresentando uma taxa de crescimento anual de 3,6%, diante do incremento de 0,3% do produto convencional. A St. James’s Gate Brewery, uma das marcas mais tradicionais da história, lançou sua primeira Guinness zero álcool na Europa, em uma das maiores inovações da empresa em três décadas. Além disso, a venda de cervejas sem álcool no Brasil chegou a 480 milhões de litros apenas em 2024, um crescimento de mais de 20% em relação ao ano anterior, mesmo que ainda represente apenas 3% do total consumido em sua versão tradicional. A Asahi, a principal cervejaria do Japão, prevê que até 2040 os rótulos sem álcool respondam por 50% das vendas da empresa, o que pode estar relacionado a uma mudança no consumo de bebidas alcoólicas, como drinques e cerveja.
A moda de bebidas sem álcool também pegou entre os franceses, com a tradicional vinícola Clos de Boüard anunciando que um terço das vendas já corresponde a vinhos sem álcool. No entanto, até que isso tenha um grande impacto global, vai levar tempo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 2000 e 2020, a queda no consumo de bebidas alcoólicas em todo mundo foi pequena, passando de 5,1 litros per capita por ano para 4,9 litros. No Brasil, os números são 8,7 e 7,7 litros per capita, respectivamente. Além disso, o consumo de maconha e cannabis também está aumentando, o que pode estar relacionado a uma mudança no consumo de bebidas alcoólicas, como cerveja e vinho.
Impacto do Consumo de Bebidas Alcoólicas
O consumo de bebidas alcoólicas, como drinques e cerveja, pode ter um impacto significativo na saúde, com o consumo excessivo de álcool causando 12 mortes por hora e custando R$ 18,8 bi por ano, segundo a Fiocruz. Além disso, a morte por álcool é 30% maior em populações negras, segundo estudo. Isso pode estar relacionado a mudanças de comportamento em relação ao consumo de bebidas alcoólicas, como a preferência por exercícios em vez de excessos de uma noite de balada. A indústria de bebidas alcoólicas tem se adaptado a essa tendência, com a categoria de cerveja sem álcool apresentando uma taxa de crescimento anual de 3,6%, diante do incremento de 0,3% do produto convencional. No entanto, até que isso tenha um grande impacto global, vai levar tempo.
Fonte: @ Veja Abril
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