O ministro não viu situações claras que impeçam Alexandre de Moraes. Defesas, vazamentos de conversas e interesses diretos não foram apresentados.
O presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, decidiu impedir o afastamento do ministro Alexandre de Moraes da relatoria do Inq 4.972, que investiga o vazamento de conversas de Eduardo Tagliaferro. A defesa de Tagliaferro solicitou a remoção de Moraes do caso, alegando parcialidade, mas Barroso impediu essa medida, mantendo o ministro responsável pela investigação.
Barroso justificou sua decisão afirmando que não há motivos para barrar a atuação de Alexandre de Moraes no processo. A defesa de Tagliaferro tentou impedir que Moraes continuasse na relatoria, porém o presidente do STF rejeitou o pedido, garantindo a continuidade das investigações sem interferências externas.
Defesa de Tagliaferro questiona impedimento de ministro do STF
Na AIMP 169, a equipe de defesa de Tagliaferro levantou a questão do possível impedimento do ministro Alexandre de Moraes como relator do caso. Alegaram que o ministro teria interesses diretos na resolução do processo e que a condução do inquérito pela mesma autoridade que poderia julgar uma eventual ação penal poderia barrar a imparcialidade do julgamento.
Ministro Barroso esclarece critérios de impedimento
Ao analisar o pedido da defesa, o ministro Barroso elucidou os critérios que determinam o impedimento de um julgador. Segundo o entendimento do STF, o impedimento só pode ser declarado quando há demonstrações claras das causas previstas no Código de Processo Penal e no Regimento Interno da Suprema Corte.
Barroso rejeita alegações genéricas da defesa
No caso em análise, Barroso concluiu que as alegações apresentadas pela defesa não apresentavam as condições legais necessárias para justificar o impedimento do relator. Ele destacou que as alegações genéricas e desprovidas de embasamento jurídico não são suficientes para sustentar um pedido de impedimento.
Troca de relatoria é negada em inquérito sobre vazamentos
Barroso, de forma enfática, rejeitou a possibilidade de troca de relatoria no inquérito que envolve vazamentos de conversas. O ministro ressaltou a importância de seguir as normas e procedimentos previstos, evitando interferências indevidas que possam prejudicar a imparcialidade do processo.
Fonte: © Migalhas
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