Bandeira vermelha patamar 2 em setembro: acréscimo de R$ 7,877 a cada 100 kWh consumidos devido à crise hídrica.
O acionamento da bandeira-vermelha patamar 2, a mais onerosa entre as habituais, para a conta de energia em setembro pode resultar em um acréscimo de 0,32 a 0,52 ponto percentual nas estimativas de inflação do período, conforme analistas, variando de acordo com a previsão anterior de cada residência.
Essa sinalização-vermelha na tarifa de eletricidade sinaliza um alerta para os consumidores, indicando a possibilidade de um aumento significativo nos custos. O aviso-vermelho deixa claro que é importante adotar medidas para reduzir o consumo de energia e evitar surpresas desagradáveis na conta no final do mês.
Impacto da Bandeira Vermelha Patamar 2 na Economia Brasileira
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) surpreendeu economistas ao anunciar, no dia 30 de agosto, o acionamento da tão temida bandeira-vermelha patamar 2. Esse indicador-vermelho implica em um acréscimo considerável de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, trazendo consigo sinalizações-vermelhas de alerta para a crise hídrica que o país enfrenta.
Desde agosto de 2021, quando o Brasil passou por uma crise hídrica, a bandeira-vermelha patamar 2 não era acionada. Uma sequência de bandeiras verdes foi iniciada em abril de 2022, interrompida apenas em julho de 2024 com a sinalização-amarela, seguida novamente pela bandeira-verde em agosto.
O consenso entre os economistas era de que a bandeira de setembro seria amarela, porém, o risco de uma bandeira-vermelha 1 entrou discretamente no radar na sexta-feira anterior ao anúncio. O aviso-vermelho de possibilidade de bandeira-vermelha 2 pegou muitos de surpresa.
Para quem esperava uma bandeira verde, o impacto da bandeira-vermelha patamar 2 deve ser de 0,42 ponto percentual no IPCA de setembro, conforme estimativas dos economistas. Já para aqueles que previam ao menos uma bandeira amarela, o acréscimo na inflação será de 0,32 ponto percentual.
A Terra Investimentos avalia que o impacto da bandeira-vermelha 2 será de 0,52 ponto percentual, elevando a estimativa de IPCA de setembro de 0,32% para 0,84%. A projeção da Terra assume bandeira amarela ao fim de dezembro, resultando em um IPCA de 4,35% em 2024. No entanto, se o ano encerrar com bandeira-vermelha 2, a projeção salta para 4,87%, ultrapassando o teto da banda de tolerância da meta para o ano, estabelecido em 4,5%.
A mediana do mercado já projeta um IPCA próximo desse teto, de 4,25%, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central. O risco de uma bandeira tarifária mais elevada coloca pressão sobre essa estimativa, refletindo a preocupação com a situação econômica do país.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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