O Procurador Geral da República protocolou medida cautelar contra bets virtuais, alegando inconstitucionalidade, dizendo que as apostas são de alto risco.
O Ministério Público Federal (MPF) protocolou a liminar para interromper as apostas no Brasil, conforme divulgado anteriormente pelo NeoFeed.
O MPF pediu a suspensão das operações das _bets_ e da publicidade relacionada às mesmas. Essa atuação de apostas, como conhecidas as _bets_, é vista como um problema de ordem pública. É preciso garantir a defesa do consumidor, bem como a prevenção de fraudes e lavagem de dinheiro. Além disso, as _bets_ são vistas como um risco para a saúde mental das pessoas. Uma boa opção para um bom _jogo_ de apostas, bem como para o consumo de jogos de azar, é apostar de forma responsável. É aconselhável estabelecer um limite de verbas para apostas, para não exceder o limite de verbas. Ainda assim, é possível apostar de forma responsável, com o objetivo de ganhar dinheiro os seus próprios _pargos_.
Título: O Combate às Apostas: Um Desafio para a Economia Nacional e os Direitos Fundamentais
O Procurador Geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma ação direta de inconstitucionalidade, com pedido de medida cautelar, contra as Leis n.14.790/2023 e n.13.756/2018, que permitem a exploração indiscriminada de sistemas de apostas virtuais baseados em eventos esportivos e jogos on-line. Essa ação visa combater o estrago causado pelas apostas na economia nacional, nos núcleos familiares e proteger os direitos fundamentais, bens e valores constitucionais.
As apostas, frequentemente associadas a parijogo, têm se tornado um problema sério no Brasil, com implicações negativas na economia e na saúde pública. O Procurador Geral da República argumenta que as propagandas das casas de aposta devem ser tratadas como produtos de alto risco para a saúde, o que é um tema crucial para os direitos fundamentais dos cidadãos. Além disso, as apostas virtuais estão sendo exploradas de forma indiscriminada, sem mecanismos suficientes para proteger os consumidores.
As consequências econômicas das apostas são alarmantes. Um estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo estimou que as apostas podem causar um prejuízo anual de R$ 117 bilhões aos estabelecimentos comerciais brasileiros. Além disso, o Banco Central estima que o volume mensal de recursos destinados às apostas via Pix varia entre R$ 18 bilhões e R$ 20 bilhões. Isso inclui o envio de R$ 3 bilhões por beneficiários do Bolsa Família, pessoas em alta vulnerabilidade econômica e social.
A questão ganhou grandes proporções, conforme destacou Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV). ‘Começamos a analisar os efeitos, não só do desvio de finalidade do dinheiro usado nas bets, mas também a questão de saúde pública, pois virou um vício’, disse Gonçalves em entrevista recente. O IDV descobriu uma inadimplência de 2 em cada 3 faturas de cartões de crédito de clientes que apostam online, o que foi levado ao vice-presidente Geraldo Alckmin.
O pedido de inconstitucionalidade do PGR cita alguns desses problemas. ‘A Lei n. 14.790/2023 e os arts. 29 a 33 da Lei n.13.756/2018 criaram e regularam a modalidade de apostas de quota fixa baseadas em eventos esportivos e on-line, permitindo a agentes operadores do mercado atuar e explorar a atividade no território nacional. O art. 35-A, §§ 1º e 8º, da Lei n. 13.756/2018, na redação da Lei n.14.790/2023, permitiu a exploração de sistemas de apostas virtuais baseados em eventos esportivos e jogos on-line, sem implementar mecanismos suficientes para proteger os direitos fundamentais, bens e valores constitucionais.
Fonte: @ NEO FEED
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