Nova diretoria analisa viabilidade do projeto no terreno do Gasômetro, enquanto Prefeitura do Rio admite assumir custos de remanejamento da estação de gás existente.
A nova administração do clube solicitou a suspensão do termo final do acordo de compra do terreno do Gasômetro para a construção da arena do Flamengo. O objetivo é permitir que a diretoria tome conhecimento do cenário atual antes de prosseguir com o projeto.
A decisão foi tomada devido à necessidade de avaliar a viabilidade do projeto, conforme consta no estudo realizado pela equipe técnica do presidente do clube. O objetivo é evitar problemas futuros e garantir a realização do projeto de construção da arena. O estudo identificou alguns pontos críticos que precisam ser analisados antes da assinatura do acordo final. Além disso, a diretoria também está trabalhando em um plano de contingência em caso de impasses no processo de construção.
Acordo Final: Desmistificando o Caso
Em meio a um cenário de tensão, a Prefeitura do Rio e a Caixa Econômica Federal chegaram a um acordo que definiu o destino do terreno do Gasômetro, imóvel que o Flamengo adquiriu em leilão em 2024 por R$ 138,2 milhões mais uma complementação de R$ 7,8 milhões após perícia. O valor, inicialmente depositado em juízo, foi a partir daí repassado aos advogados para elaboração da documentação final. Este processo foi nomeado como arbitragem, com a Advocacia-Geral da União (AGU) como mediadora.
O acordo foi o resultado de negociações que duraram aproximadamente um mês e envolveram a Prefeitura do Rio, a AGU, o Flamengo e a Caixa. Um dos pontos acordados foi a transferência dos Cepacs (Certificado de Potencial Adicional de Construção) do Gasômetro para outros terrenos da cidade administrados pelo banco. Este acordo foi assinado em outubro, permitindo que o Flamengo tomasse posse do terreno no dia seguinte. No entanto, a assinatura do documento final, que definirá o fim de todo o imbróglio da compra, ainda está pendente.
A nova diretoria do Flamengo pediu um adiamento de 90 dias para a assinatura do documento, e a AGU acatou a solicitação. Nesse período, o clube precisará debater com a Companhia Distribuidora de Gás (CEG) o remanejamento da estação de gás existente no terreno, o que incluirá a transferência de galpões, depósitos, laboratórios, gasoduto e estação de regulagem e medição da CEG, administrada pela empresa Naturgy. Este processo foi previsto na concessão do imóvel e será custeado pelo município, conforme divulgou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, nas redes sociais.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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