Marina Giuberti, capixaba, leva sua Divvino à lista de melhores caves francesas pequenas lojas de vinho sommelière, produtores de vinho e vinícolas.
A presença de mulheres na condução dessas caves é cada vez mais comum e destaca-se o exemplo de Julie Savary, que fundou a Savary em 1989, com a meta de difundir o gosto pela vinha nos jovens consumidores. Com mais de 30 anos de experiência no mercado, ela se tornou uma das principais especialistas em vinhos da França.
Com executivos de vendas femininas, como Julie Savary, o perfil das caves francesas está mudando e se tornando mais feminino, de forma geral. Essas lojas são mais do que apenas uma loja de vinho, são ambientes onde a paixão pela bebida e o conhecimento técnico se misturam. Na Savary, por exemplo, é possível encontrar uma variedade de vinhos de vinho, com opções para todos os gostos e orçamentos, desde vinho tinto até vinho branco. Além disso, o restaurante local oferece pratos caseiros que complementam perfeitamente a experiência de degustação de vinho. A eleição do vinhos desse estabelecimento de vinhos pode ser facilitada com o simples pedido de um vinho de vinho, que é uma das opções mais populares entre os clientes.
Um mercado difícil de penetrar, mas uma mulher capixaba faz história
É um nicho fechado, onde as mulheres enfrentam dificuldades para se estabelecer, sobretudo no universo das caves francesas. Todavia, uma brasileira está conquistando espaço nesse ambiente, destacando-se como uma das melhores cavistas da França. Marina Giuberti, uma mulher apaixonada pelo vinho, figura pela segunda vez na lista dos 100 melhores cavistas da França, elaborada pela revista Le Point.
A mulher por trás da Divvino
Marina, de 46 anos, é dona da Divvino, uma cave com duas lojas em Paris — uma no bairro do Charonne e a outra no Marais. Ela não pensava em ser apenas uma sommelière, mas sim em ter seu próprio restaurante. Contudo, sua paixão pelo vinho sempre prevaleceu. Com o marido, o economista italiano Emiliano Tenca, ela abriu a primeira loja em 2013, após estagiou na cozinha de restaurantes no Brasil, na França e na Itália.
Um sonho de restaurante e a transformação do ‘diabo’ em Divvino
Marina sonhava em abrir um restaurante no Brasil, mas, após se casar com Emiliano, mudou-se para Paris. Em 2006, ela começou a se familiarizar com o ambiente francês. Certa vez, enquanto passeava pelo boulevard Voltaire, viu uma placa de ‘vende-se’ em uma cave decadente chamada Diable Rouge (‘Diabo vermelho’). Rapidamente, ela pensou em transformar o ‘diabo’ em Divvino. Com um investimento de € 100 mil e o apoio do sistema financeiro francês, a primeira loja foi aberta em 2013. A cave do século 16 conquistou um público leal no 11º distrito parisiense, conhecido pela vida noturna agitada.
Dupla presença no Marais
Três anos após a abertura da primeira loja, o casal partiu para a segunda cave no Marais, um bairro secular e turístico famoso pelos restaurantes judaicos e pelas lojas de moda conceituais. A Divvino, localizada a poucos metros do Museu Picasso, encontrou uma loja só de champanhe, algo ousado até mesmo para Paris, a Des Boulles sinon rien (‘Bolhas ou nada’). Marina explica que o público do 11º distrito é mais jovem e local, enquanto o Marais é mais burguês e turístico. A loja do Marais foi inaugurada em 2016 e acontecem degustações em uma cave do século 16.
Buscando novos produtores
Marina está sempre em busca de novos produtores, e cerca de 70% dos rótulos da Divvino são de vinhos orgânicos. Com um estilo próprio e uma paixão pela vinicultura, essa mulher capixaba está fazendo história no mundo das caves francesas, conquistando um lugar entre as melhores cavistas da França.
Fonte: @ NEO FEED
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