Queda de popularidade nos EUA e no Brasil têm efeitos diferentes no mercado americano e índices de ações.
A presidência de Donald Trump nos Estados Unidos é um tema de grande interesse, especialmente após sua posse para o segundo mandato. Com mais de 50 dias no cargo, Trump enfrenta desafios significativos, incluindo a queda de sua popularidade, que é um indicador importante para qualquer líder político. A gestão de Trump é constantemente avaliada, e os primeiros 100 dias são considerados cruciais para estabelecer o tom de sua administração.
Como um líder republicano, Trump precisa lidar com as expectativas de seu partido e do público em geral. O fato de ser um presidente republicano nos Estados Unidos traz consigo uma grande responsabilidade, especialmente em um contexto político tão polarizado. A queda da popularidade de Trump é um sinal de que sua gestão precisa ser ajustada para atender às necessidades e expectativas da população. É fundamental que Trump encontre um equilíbrio entre as demandas de seu partido e as necessidades do país, e isso é um desafio que muitos líderes enfrentam. Além disso, a gestão eficaz é essencial para o sucesso de qualquer presidente, e Trump não é exceção a essa regra.
Introdução ao Mercado Americano
A situação do Brasil apresenta semelhanças com a americana, onde o mercado parece estar à beira de uma virada. No entanto, em contextos político e econômico diametralmente opostos, os caminhos dos mercados americano e brasileiro se distanciam. Enquanto a queda de popularidade de Trump afasta investidores do risco, o aumento da rejeição a Lula tem aumentado o apetite por risco no mercado brasileiro. Isso já se reflete nas performances dos principais índices de ações dos dois países nesta semana, com o Ibovespa disparando 3,14% e alcançando um nível próximo dos 129 mil pontos, um nível alcançado pela última vez em 11 de dezembro. O presidente americano, Trump, tem sido um fator importante na definição do mercado americano, enquanto o líder brasileiro, Lula, tem uma relação mais distante com o mercado financeiro.
Análise do Mercado
A performance do Ibovespa se deve, em parte, ao embalo tomado hoje, de 2,64%, o que significou o acúmulo de 5% de ganhos no mês de março e 7,2% no ano. No entanto, não se deve deixar enganar pela estirada de hoje dos mercados de ações americanos, puxados pelo setor de tecnologia, liderado pela Nvidia. Enquanto o Ibovespa teve a melhor performance semanal desde o começo de agosto de 2024, a semana foi marcada por um clima fúnebre em Wall Street, com os índices das bolsas de Nova York devolvendo os ganhos anotados desde a eleição de Trump. O Dow Jones, que concentra ações industriais e financeiras, teve sua pior semana em dois anos, refletindo a frustração dos investidores que confiaram nos votos do republicano Trump para impulsionar o mercado americano. Por outro lado, a queda de popularidade de Lula tem engatilhado a euforia com os ativos domésticos, com a pesquisa Ipsos-Ipec divulgada na noite de ontem mostrando queda de aprovação do governo até em redutos eleitorais.
Impacto no Mercado Financeiro
O giro financeiro na carteira do Ibovespa hoje foi de R$ 21 bilhões, quase 30% superior à média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,3 bilhões, embora um patamar bastante baixo, com o volume no nível mais fraco desde 2019. Das 87 ações que compõem o Ibovespa atualmente, 78 avançaram neste pregão, com destaque para os pesos-pesados, que se beneficiaram também pela notícia de que a China orientou bancos a incentivarem empréstimos e o uso de cartões de crédito em uma nova tentativa de impulsionar a confiança dos consumidores. A política isolacionista de Trump para os EUA no ambiente internacional tem feito com que o mercado financeiro que uma vez apoiou sua reeleição comece a dar as costas para o presidente Trump, que é um líder republicano importante. O mercado americano está sofrendo com a queda de popularidade de Trump, que afeta o apetite por risco e os índices de ações, enquanto o setor de tecnologia continua a ser um dos principais motores do mercado.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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