Pais devem discutir sexo com filhos de forma aberta, evitando broncas, para que eles não busquem conteúdo explícito na tecnologia, afetando relações afetivas.
A tecnologia desempenha um papel fundamental nas relações adolescentes, muitas vezes dando origem a um despertar sexual por meio de comunicação online. Nesse contexto, surge o conceito de sexting, que envolve a troca de mensagens sexuais por meio de telefone celular. Essa prática é cada vez mais comum.
Os adolescentes, especialmente, estão cada vez mais expostos a essa prática e, em muitos casos, está diretamente relacionada ao seu desenvolvimento sexual. O conteúdo sexual pode ser trocado por meio de mensagens de texto, o que torna o sexting uma prática comum entre jovens. Além disso, essa prática sexual também é encontrada em adultos, mas a questão é a geração de jovens e adolescentes.
Prática Sexual de Mensagens: Um Desafio para Pais e Filhos
No contexto da tecnologia avançada, o celular se tornou uma ferramenta cotidiana, especialmente entre adolescentes. A maioria dos jovens tem acesso a dispositivos celulares, o que os torna vulneráveis a uma prática comum chamada sexting, que envolve a troca de conteúdo sexual por meio de mensagens de texto, imagens ou vídeos. O sexting é uma prática que pode ser perigosa e trazer consequências graves, sobretudo se o conteúdo cair nas mãos de pessoas indevidas. Segundo Corrin Cross, porta-voz da Associação Estadunidense de Pediatria, o papel dos pais é crucial nesse contexto, pois eles podem ajudar a seus filhos a navegar por essa complexidade.
Importância da Educação e da Comunicação
A psicóloga clínica Karol Espejo afirma que a responsabilidade dos pais em educar seus filhos sobre o sexting é fundamental. Eles precisam ajudar os jovens a entender as consequências de suas ações, uma vez que o lobo frontal do cérebro ainda não está completamente desenvolvido, o que dificulta a capacidade de pensar criticamente. ‘Precisamos ajudá-los a ver quais são essas consequências, para que, quando eles passarem por essas situações, eles se lembrem dessas conversas’, disse Corrin Cross. O objetivo é que os filhos tenham as informações necessárias para tomar decisões informadas.
Conversa Antecipada com Filhos
A especialista Corrin Cross ressalta a importância da conversa antecipada com seus filhos sobre o sexting. A prática pode iniciar por volta dos 12 anos, quando as crianças começam a desenvolver interesses afetivo-sexuais. ‘É nessa época que eles podem realmente nos ouvir’, diz Cross, acrescentando que é improvável que os jovens procurem os pais quando precisam de orientação sobre o sexting. Yolanda Reid, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, sugere que a conversa sobre sexting deva ocorrer assim que os filhos começarem a usar o celular. Uma abordagem eficaz é perguntar aos filhos o que eles sabem sobre o assunto, dando informações apropriadas à idade. Por exemplo, é importante alertá-los sobre a necessidade de manter os chats de bate-papo respeitáveis, evitando conteúdo explícito.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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