Aumento acentuado do nível de ansiedade em relação à matemática, especialmente no Brasil, é observado em 81 países, com relação direta à condição socioeconômica.
Quase 80% dos estudantes brasileiros sentem ansiedade ao pensar nas suas notas em matemática, superando os 65% da média da OCDE. Além disso, o nervosismo e a tensão ao resolver problemas matemáticos são comuns, afetando cerca de 62% da população estudantil.
Os dados de 2022 indicam que a situação socioeconômica dos alunos está diretamente relacionada ao seu desempenho, gerando um desamparo em muitos deles. Nesse sentido, a ansiedade se torna um problema crônico, afetando não apenas os estudantes, mas também seus nervos e tensão ao longo de todo o processo escolar.
Ansiedade em relação à matemática: um problema crescente
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou uma pesquisa internacional sobre educação, destacando um aumento expressivo nos níveis de ansiedade em relação à matemática entre os alunos das 81 nações avaliadas, especialmente no Brasil. A OCDE enfatiza que essa condição pode ter impactos negativos não apenas no desempenho acadêmico, mas também na prontidão para o aprendizado ao longo da vida.
Um problema global
A OCDE reconhece que essa é uma questão global, afetando não apenas os países desenvolvidos, mas também os em desenvolvimento. A pesquisa destaca que a ansiedade em relação à matemática é um problema crescente, especialmente em países como o Brasil, onde 79,5% dos estudantes relata empatia em relação às notas em matemática e cerca de 62,3% ficam nervosos, tensos ou desamparados resolvendo problemas matemáticos.
A influência da condição socioeconômica
A pesquisa também destaca a influência da condição socioeconômica na ansiedade em relação à matemática. A OCDE afirma que os estudantes de baixa renda têm maior probabilidade de desenvolver ansiedade em relação à matemática, o que pode ser associado a fatores como a falta de recursos educacionais e a desigualdade socioeconômica.
Uma relação direta com a saúde mental
A OCDE enfatiza que há uma relação direta entre a ansiedade em relação à matemática e a saúde mental dos alunos. A pesquisa destaca que os estudantes que desenvolvem ansiedade em relação à matemática têm maior probabilidade de sofrer com problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, ao longo da vida.
A importância do aprendizado da matemática
A OCDE destaca a importância do aprendizado da matemática para o desenvolvimento cognitivo e para a preparação dos estudantes para a vida. A matemática é um componente fundamental da educação, e a ansiedade em relação à matemática pode afetar negativamente a capacidade dos estudantes de aprender e aplicar conceitos matemáticos em diferentes áreas do conhecimento.
Uma questão que requer ação
A OCDE conclui que a ansiedade em relação à matemática é uma questão que requer ação imediata. A organização enfatiza que os governos e os educadores devem trabalhar juntos para desenvolver políticas e estratégias para reduzir a ansiedade em relação à matemática e promover o bem-estar dos alunos. Isso pode incluir a implementação de programas de apoio emocional, a melhoria da qualidade da educação matemática e a promoção da autoeficácia dos alunos.
Uma oportunidade para o aprendizado
A OCDE vê a ansiedade em relação à matemática como uma oportunidade para o aprendizado e o crescimento. A organização enfatiza que a ansiedade pode ser um indicador de que os estudantes estão se envolvendo ativamente com a matemática e que estão dispostos a aprender. Além disso, a OCDE destaca que a ansiedade pode ser um fator motivador para que os estudantes busquem apoio e recursos para melhorar sua compreensão e habilidades matemáticas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo