A Anatel aponta que 1.022 municípios têm antenas 5G, mas apenas elas não garantem operação. Operadoras têm até 2029 para levar a tecnologia para todo o país.
A principal faixa de frequência do 5G está a caminho de ser amplamente utilizada em todo o Brasil, mas ainda há muitos desafios por superar. Atualmente, apenas 18% das cidades brasileiras possuem antenas compatíveis com essa tecnologia, conforme dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso significa que a maioria das cidades ainda não aproveita ao máximo as vantagens da quinta-geração do serviço de telefonia móvel.
Alguns especialistas acreditam que a implementação do 5G-puro e do 5G-standalone pode ser um passo em direção a uma cobertura mais ampla e eficiente. O 5G ainda está em expansão, mas a expectativa é que ele se torne cada vez mais dominante no futuro. A Anatel também destaca a importância de investir em infraestrutura para garantir uma boa experiência do usuário.
Abertura das portas para o 5G em todo o Brasil
O órgão regulador das comunicações informou que todas as cidades do país estão aptas a receber o 5G-standalone, também conhecido como ‘5G puro’, o que oferece os principais benefícios da quinta-geração de internet móvel. Dos 5.570 municípios brasileiros, 1.022 têm antenas 5G (standalone ou não), de acordo com dados de dezembro de 2024. Essa não é uma questão de atraso das operadoras, que começaram a liberar o sinal em julho de 2022 e têm até o final de 2029 para levar essa tecnologia para todo o país.
Quantidade considervel de estações rádio-base
Hoje, são 33.345 estações rádio-base (ERBs) licenciadas por seis operadoras que venceram o leilão para uso da quinta geração de internet móvel. Os dados da Anatel se referem a antenas licenciadas, mas não há garantia que elas realmente estejam em funcionamento. Por isso, não é possível dizer quantas cidades, de fato, têm o sinal ativo. A agência explicou que ‘se pressupõe que a estação esteja em plena operação se a empresa efetuar o seu licenciamento’.
Mudanças significativas na forma de acessar a internet
As operadoras podem licenciar a antena antes de elas entrarem em operação. Além disso, o funcionamento de uma antena pode ser interrompido pontualmente por fatores como falhas técnicas, furtos ou vandalismo. O 5G-standalone é a versão mais avançada dessa geração de internet móvel – no início da operação no país, operadoras ofereceram versões de transição, que ainda aproveitavam parte da infraestrutura do 4G.
Avanços inerentes ao 5G ‘puro’
Ele funciona na frequência de 3,5 GHz, que era destinada para o sinal da TV parabólica. A Claro, a TIM e a Vivo, vencedoras dos blocos nacionais do leilão do 5G, tiveram que financiar a mudança da faixa da parabólica para liberar seu uso para a internet móvel. Com o padrão standalone, a rede diminui ainda mais a latência, isto é, o tempo mínimo de resposta entre um aparelho e os servidores de internet. Assim, o ‘delay’ (ou atraso) em ligações de vídeo e em jogos online fica menor. Outra característica que faz essa versão se diferenciar de gerações de redes anteriores é a capacidade de lidar com muito mais dispositivos ao mesmo tempo.
Mais opções de conexão para os usuários
A conexão também se torna mais confiável, já que um aparelho pode se conectar com mais de uma antena ao mesmo tempo. A expectativa é que essas características contribuam com avanços em setores como indústria, comércio, agricultura e saúde.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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