O presidente envia uma mensagem cautelosa ao Fed, relembrando os conflitos passados e pressionando para que reajam às tendências mundiais, como a alta do petróleo e a influência da Opep, impactando a taxa de juros para controlar os déficits comerciais e garantir uma relação comercial saudável, influenciando a demanda econômica.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá pressionar a Arábia Saudita e a Opep para reduzir o preço do petróleo, destacando que sua política será baseada na energia. Com essa atitude, ele busca oferecer benefícios para os consumidores.
Em sua primeira entrevista após a eleição, Trump disse que sua visão sobre o petróleo era de que os preços deveriam ser mais baixos. Ele citou o exemplo da Arábia Saudita, que ele disse poderia aumentar a produção de petróleo para abastecer os países do Oriente Médio. Além disso, ele mencionou que os Estados Unidos também podem aumentar a sua produção de petróleo para atender às necessidades do mercado. O objetivo, como disse, é ter um petróleo mais barato para os consumidores, o que pode beneficiar o orçamento dos americanos.
Trump exige queda das taxas de juros, após queda dos preços do petróleo
A queda dos preços do petróleo pode ter um impacto significativo na economia global, levando a uma possível redução das taxas de juros, afirma o presidente dos EUA, Donald Trump. Em sua fala virtual para o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, o presidente defendeu que a redução dos preços do petróleo pode trazer benefícios para a economia, permitindo a redução das taxas de juros e, consequentemente, um aumento na demanda econômica.
Trump e o Fed: uma relação tensa
A relação entre o presidente americano e o atual presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, não é nova. Em seu primeiro mandato, Trump tentou interferir no rumo das taxas de juros e reclamava sobre as decisões tomadas pela autoridade monetária nas redes sociais com frequência. Agora, o clima entre ambos parece não ter mudado muito, com Powell afirmando que Trump não pode demiti-lo do cargo por lei, e Trump respondendo que não quer demitir o presidente do Fed.
Tarifas e déficits comerciais
As tarifas, que Trump pretende criar para reduzir os déficits comerciais americanos, também foram abordadas na fala do presidente. Ele disse que as tarifas terão como objetivo direcionar parte da produção mundial de volta para os EUA, e que os países que não fabricarem seus produtos nos EUA terão que pagar uma tarifa, em valores variados, mas uma tarifa que direcionará centenas de bilhões de dólares, e até trilhões de dólares, para o nosso Tesouro.
Relação comercial com a China
A relação comercial com a China também foi tema da fala de Trump. Ele classificou a relação com o presidente chinês, Xi Jinping, como ‘muito boa’, mas disse que pretende manter uma ‘relação justa’ com o país asiático, algo que segundo ele não acontece devido ao grande déficit comercial americano com a China.
Relação com o Canadá e México
A relação com os vizinhos México e Canadá também foi abordada por Trump. Ele voltou a fazer a provocação de transformar o Canadá no 51º Estado americano e disse que ‘o Canadá tem sido muito difícil de lidar ao longo dos anos’, enquanto adotou tom mais leve com o México, dizendo que ‘está lidando bem’ com os vizinhos do sul.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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