Empresa antecipa relatório do período abril-junho em 1º de agosto com análises, perspectivas e resultados levantados por especialistas.
A publicação do relatório da Ambev relativo ao segundo trimestre deste ano está marcada para o dia 1º de agosto. No entanto, os investidores já estão analisando as projeções para o que será apresentado no documento e tentando prever se a empresa atravessa ou não um período operacional favorável – e qual é a extensão desse cenário.
Além disso, a expectativa em torno dos resultados da Ambev no período em questão também impacta diretamente o desempenho da ABEV3 na bolsa de valores, refletindo a confiança dos acionistas na empresa. A gigante do setor de bebidas se mantém como uma referência no mercado, e os investidores aguardam ansiosamente por mais informações sobre o desempenho financeiro da companhia.
Ambev: Análises e Perspectivas
Nesta sexta (12), diversas casas e equipes de análises lançaram relatórios antecipando os resultados da empresa Ambev. Por volta das 13h30, as ações da ABEV3 registravam um aumento de 0,78%, sendo negociadas a R$ 11,62. Vamos conferir os pontos levantados por especialistas.
Otimismo Moderado:
De acordo com o time do Itaú BBA, a Ambev provavelmente apresentará números operacionais dentro do esperado no segundo trimestre deste ano. A projeção é de um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 5,5 bilhões, em linha com o consenso, e uma margem Ebitda de 28,5%.
Por outro lado, o Citi ressalta que a Ambev deve divulgar volumes sólidos de cerveja no Brasil durante o segundo trimestre, impulsionados pelo clima quente, embora os aumentos de preços abaixo da inflação não devam ter um grande impacto financeiro. No entanto, os custos devem diminuir, o que traz certo otimismo para o cenário.
Os analistas preveem um aumento de 3% nos volumes de cerveja no Brasil, em linha com o trimestre anterior. A receita por hectolitro no segmento deve crescer 2%, de acordo com o Itaú BBA, e 1,4%, segundo o Citi, ficando abaixo da inflação medida pelo IPCA. A equipe liderada por Renata Cabral, do Citi, estima receitas de R$ 19,3 bilhões e Ebitda de R$ 5,7 bilhões no segundo trimestre, alinhando-se com as expectativas do mercado.
Recomendações e Projeções:
Apesar das expectativas moderadas para os resultados da Ambev, o Itaú BBA mantém uma recomendação neutra para a empresa, com um preço-alvo de R$ 14. Enquanto isso, o Citi sugere a compra das ações, com um preço-alvo de R$ 15,50. Os analistas do Itaú BBA, Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto, observam uma possível assimetria positiva em relação às projeções de lucro líquido, devido a despesas financeiras menores do que o previsto.
Desafios e Oportunidades:
A América Latina Sul pode enfrentar uma queda de 15% nos volumes, devido às condições macroeconômicas desfavoráveis, enquanto o Canadá também pode apresentar números fracos devido a desafios estruturais. Por outro lado, a América Central e o Caribe estão caminhando para melhorias anuais em volumes, receitas por hectolitro e margem Ebitda, de acordo com os analistas do Itaú BBA.
Para o Citi, a operação da Ambev no Caribe pode se destacar positivamente, enquanto a Argentina continua sendo um desafio na América do Sul e o Canadá pode enfrentar dificuldades. No geral, há uma mistura de otimismo e cautela em relação aos resultados da empresa.
Perspectivas Diversificadas:
Na expectativa do balanço da companhia, o J.P.Morgan reduziu o preço-alvo da Ambev de R$ 14,50 para R$ 13,50, com um potencial de alta de 17% em relação ao fechamento anterior, mantendo a recomendação neutra. Os analistas Lucas Ferreira, Sebastian Hickman e Froylan Mendez destacam a importância de analisar cuidadosamente os resultados e as projeções futuras da empresa.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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