O governo americano visa proteger sua segurança nacional com tecnologia-china, incluindo inteligência-artificial e computação-quântica, além de tecnologias-críticas e materiais-china. Financiamento-americano é crucial, com penalidades para descumprimento das regras de entrada.
Neste contexto, o governo dos EUA busca equilibrar os investimentos em tecnologia, segurança e desenvolvimento nacional, garantindo que investimentos sejam feitos de forma responsável e eficaz. A fim de que os investimentos em tecnologia possam ser realizados de forma segura, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou uma série de regras, visando restringir e monitorar investimentos norte-americanos na China.
Com o objetivo de restringir e monitorar investimentos em tecnologia, o Departamento do Tesouro dos EUA incluiu o país e regiões como Hong Kong e Macau na lista de ‘de preocupação’, na qual estão incluídas unidades administrativas e regiões que possuem regras mais difíceis de aplicação. Além disso, a China está classificada como uma das principais ‘de preocupação’ do governo dos EUA, tornando-se um ponto de atenção para os investimentos em tecnologia e desenvolvimento nacional.
Investimentos estratégicos e segurança nacional: uma parceria complexa
A proteção da segurança nacional dos EUA é um objetivo inabalável, e os investimentos são uma ferramenta fundamental para alcançá-lo. No entanto, o cenário internacional se torna cada vez mais complexo, especialmente quando se trata de tecnologia-china. Em agosto de 2023, o presidente Joe Biden lançou um decreto executivo que limitava o acesso de financiamento americano para tecnologias de Inteligência Artificial (IA), chips de computadores e computação quântica. Essa medida visa evitar que tecnologias críticas sejam utilizadas em inovações militares da China, colocando em risco a segurança nacional.
Regras de investimento e segurança nacional: uma abordagem integral
O conjunto de regras finalizado complementa o decreto executivo, oferecendo uma abordagem integral para proteger os investimentos americanos. O Secretário-assistente do Tesouro para Segurança de Investimentos, Paul Rosen, enfatiza que os investimentos americanos significam mais do que apenas recursos em dinheiro. Eles incluem também benefícios intangíveis, como assistência em encontrar talentos ou em direcionar outras fontes de financiamento. Esse enfoque é fundamental para garantir que os investimentos sejam feitos de forma responsável e que atendam aos interesses de segurança nacional.
Tecnologia-china e segurança nacional: uma questão delicada
A tecnologia-china é um tema delicado, especialmente quando se trata de materiais-china. O Tesouro dos EUA proíbe o envio de semicondutores ou softwares de IA para a China, a fim de evitar que essas tecnologias sejam utilizadas em inovações militares. Além disso, cidadãos sujeitos a pedidos de esclarecimento devem detalhar todas as transações feitas no exterior em até 30 dias do recebimento de notificação do governo.
Penalidades para o descumprimento: uma abordagem rigorosa
O Tesouro americano pode aplicar multas de aproximadamente US$ 370 mil ou duas vezes o valor da transação para o descumprimento das regras. Essa abordagem rigorosa visa garantir que os investidores sejam responsáveis e respeitem as regras de segurança nacional.
Reações internacionais: uma questão de segurança nacional
A medida do governo Biden é uma das poucas questões que conta com amplo apoio em Washington, tanto de republicanos quanto de democratas. O Ministério das Relações Exteriores da China se opôs firmemente às regras, enquanto o líder da cidade de Hong Kong acredita que a medida irá minar o investimento e o comércio, causando danos à cadeia de suprimentos global.
Exceções e regras de entrada: uma abordagem flexível
A versão final das regras inclui algumas exceções, como investimentos na China que atendam aos interesses de segurança nacional americanos ou em certos derivativos e ativos chineses que não se enquadrem em potencial preocupação para a segurança americana. Além disso, o governo Biden buscou comentários de empresas e aliados dos EUA antes de divulgar a versão final das regras.
Fonte: @ Mercado e Consumo
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