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Marçal mexeu com a confiança, deslanchando a antecipação de evitar a fuga da base bolsonarista da campanha de Nunes, arriscando sua reeleição.
Uma das razões que levou à antecipação da escolha do vice por Tarcísio de Freitas e Ricardo Nunes foi o Fator Pablo Marçal. Seu bom posicionamento nas pesquisas de intenção de voto gerou receio de que a base bolsonarista migrasse para ele, o que poderia impactar nas eleições futuras. Do lado do prefeito, o temor de perder uma base relevante para a eleição de 2024 também foi um Fator-chave nessa decisão.
O Elemento Pablo Marçal exerceu uma forte Influência na antecipação da escolha do vice. O receio de perder uma base relevante para as eleições em 2026, seja na corrida ao Palácio do Planalto ou por uma reeleição ao Palácio dos Bandeirantes, foi determinante nesse processo. A presença de Marçal como um Marçal de destaque nas pesquisas impactou diretamente nas estratégias políticas adotadas por Tarcísio e pela equipe do prefeito.
Fator-chave: Marçal influencia escolha do vice
Aliados de Nunes expressam críticas em relação ao coronel como vice, alegando que o nome mais atrapalha do que ajuda. Por outro lado, Nunes assegura que o nome indicado por Bolsonaro foi bem aceito, porém sem realizar um anúncio oficial. Segundo dados da Atlas/CNN, Nunes conta com metade dos eleitores de Tarcísio e Bolsonaro, enquanto Marçal possui um quarto desse apoio. Para os seguidores do ‘bolsonarismo-raiz’, tanto Nunes quanto Tarcísio não se encaixam no estilo político de Jair Bolsonaro. São vistos como moderados, mais próximos de políticos tradicionais à direita do espectro político, em contraste com o perfil de outsiders ou antissistema que caracteriza Bolsonaro e seu movimento.
Ambos os candidatos, em diferentes graus, manifestaram preocupações em relação à presença do coronel como vice e o impacto que isso poderia ter na conquista de eleitores do centro e na expansão para a periferia, devido à sua ligação com a Polícia Militar. No entanto, tanto Tarcísio quanto Nunes almejam conquistar o eleitorado bolsonarista fiel ao estilo do líder do movimento. Diante disso, viram-se obrigados a aceitar a indicação do coronel Ricardo Mello para evitar possíveis perdas em sua base eleitoral.
A equipe de campanha de Nunes reconhece o papel do ‘fator Marçal’ como impulsionador do processo de escolha do vice. Destacam que o ponto crucial na campanha foi o encontro entre Marçal e Bolsonaro em Brasília, ocorrido há cerca de duas semanas, após pesquisas favoráveis ao empresário na disputa eleitoral. Antes desse episódio, a campanha de Nunes transcorria em clima de confiança crescente, impulsionada pela coalizão de mais de dez partidos de direita e pelos recursos financeiros e obras em andamento na capital paulista. Além disso, a queda na popularidade de Lula na cidade, principal apoiador de Guilherme Boulos, adversário de Nunes, contribuía para o otimismo da equipe.
Marçal, de certa forma, abalou essa confiança e acelerou o processo de retenção da base bolsonarista na campanha de Nunes, essencial para suas chances de reeleição. O prefeito encontrou em Tarcísio de Freitas um aliado nessa empreitada, uma vez que ambos dependem desse eleitorado para seus futuros políticos. Tarcísio compreende que o projeto político de Marçal não se resume à eleição para prefeito de São Paulo em 2024, mas visa herdar a base bolsonarista para projetos mais ambiciosos em 2026. O apoio conjunto a Mello busca evitar a dispersão desse apoio e garantir a estabilidade política para os próximos pleitos.
Fonte: @ CNN Brasil
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