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Corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, enviou medidas contra advogado, voz de prisão à juíza, OAB secional de São Paulo.
Via @folhadespaulo | O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, enviou ofícios ao Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados) e à secional da entidade em São Paulo cobrando a tomada de providências contra um advogado que deu voz de prisão a uma juíza do trabalho em Diadema (SP). O episódio ocorreu no dia 2 deste mês, durante uma audiência na 4ª Vara do Trabalho da cidade do ABC Paulista.
O advogado em questão terá que se explicar diante das autoridades, pois sua conduta foi considerada inaceitável. O papel de um defensor é fundamental para a justiça, mas é importante que atue dentro dos limites éticos e legais estabelecidos. A atitude do advogado em dar voz de prisão à juíza certamente gerou polêmica e levantou debates sobre os limites da atuação dos profissionais do direito.
Advogado Rafael Dellova Contrariado Após Recurso Negado
O advogado Rafael Dellova demonstrou descontentamento ao ter seu recurso negado pela magistrada Alessandra de Cássia Fonseca Tourinho. Em meio à situação, ele expressou sua insatisfação e afirmou que iria interrompê-la repetidamente. Diante dessa reação, a magistrada decidiu adiar a audiência para outra data, o que gerou protestos por parte do defensor.
Confronto Entre Advogado e Juíza Durante Audiência
Durante o desenrolar dos acontecimentos, o advogado se dirigiu à juíza, apontando o dedo e proferindo: ‘Vossa Excelência, estou te dando voz de prisão’. Essa declaração foi seguida por acusações de abuso de autoridade, o que levou a juíza a se sentir ameaçada, solicitando a intervenção dos seguranças e deixando a sala em seguida.
Repercussão do Comportamento do Advogado Rafael Dellova
Em um ofício, Salomão expressou sua preocupação com o comportamento do advogado, classificando-o como desproporcional e com potencial de espetacularização. Ele ressaltou que as palavras do advogado foram intimidadoras, especialmente ao restringir a liberdade de locomoção da juíza.
Intervenção do Conselho Federal da OAB e CNJ
Salomão enfatizou a importância de uma investigação adequada dos fatos para análise e possíveis medidas corretivas. Ele mencionou a possibilidade de o CNJ elaborar políticas públicas para prevenir episódios semelhantes. O prazo de 15 dias foi dado à OAB para se posicionar sobre o caso.
Repúdio de Associações de Magistrados ao Episódio
O incidente ocorrido na Vara de Diadema foi duramente criticado pela AMB, Amatra-2 e Anamatra. Em nota, a Amatra-2 destacou que ataques ao Estado-juiz, especialmente quando direcionados a uma mulher, enfraquecem a democracia. A tentativa de intimidação e a voz de prisão à presidente da audiência foram consideradas desqualificantes para o exercício da função judiciária.
Fonte: © Direto News
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